quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Meditação pela inocência

A autora dos livros que considero os melhores que já li chama-se Oriah Mountain Dreamer. Canadense, tem dois livros publicados no Brasil, infelizmente esgotados: "O convite" e "A dança".

Estou lendo "The Call" em inglês. Muito mais profundo e espiritual, vem em resposta ao que eu preciso. Hoje, por sintonia, me deparo com uma meditação pela inocência, que compartilho aqui.

Sente-se em uma posição confortável, preferencialmente sentado mas relaxado. Inspire profundamente três vezes, levando o ar para sua barriga, permitindo que seu corpo se expanda com a inspiração e se contraia e se curve ao exalar. Envie a sua respiração para todas as partes do seu corpo - pés e pernas, mãos e braços, cabeça e pescoço - e permita que todo o stress, tensão, cansaço deixe seu corpo conforme você exala.

Respire normalmente e gentilmente traga a sua atenção para a respiração, permitindo que todos os pensamentos e sensações se dissolvam, que desapareçam da mesma forma que surgem, sem lutar contra ou se apegar a um pensamento ou sensação particular com sua atenção. Deixe que a respiração seja o centro do seu ser, no ponto em você onde não há movimento, apenas tranquilidade.

Neste lugar de profunda serenidade, permita que uma imagem sua apareça, lembrando-se de um momento em que você ofereceu algo a outra pessoa. Deixe que seja algo pequeno como segurar uma porta para alguem mais velho, ou oferecer consolo a uma criança que esfolou seu joelho. Pode ser um momento em que você compartilhou algo de si mesmo, como contar uma história de sua vida para outra pessoa. Pode ter sido um momento em que você criou beleza para outra pessoa pelo modo que ouviu ou como ofereceu algo - um alimento, um sorriso, uma palavra de encorajamento. Pode ter sido um momento em que você não quis receber algo em troca. Permita que o que quer que venha esteja ali sem julgamento da sua opinião sobre o resultado do que você ofereceu, sem analizar o grau em que o seu desejo de oferecer algo se misturou a outros motivos.

Sente-se com esta imagem, e sinta dentro dela uma linha do seu desejo genuino de oferecer algo ao mundo, ao próximo. Talvez você tenha desejado aliviar a dor do outro ou criar intimidade ou oferecer apoio. Talvez você tenha desejado acrescentar beleza a um momento com humor, intuição ou compaixão. Deixe que a linha de sua própria inocencia, seu desejo de aliviar o sofrimento e contribuir para o mundo com algo significativo revele-se a você.

Esteja com este senso de sua própria inocência, e deixe que isto te leve a outras instâncias em sua vida em que você atuou a partir do desejo de criar beleza ou oferecer consolo. Veja as diferentes formas que esta linha de inocencia se entrelaça com milhares de outras em suas escolhas. Permita que instantes em que você era uma criança venham até você. Permita que a realidade de sua própria divindade se revele para você. Esteja com esta divindade e os sentimentos que surgirem sem julgamento. Se você começar a analizar os intantes que surgirem, retorne sua atenção para sua respiração, deixando sua mente clara e aguarde por uma nova imagem.

Veja e conheça sua propria divindade.

Namastê!

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