segunda-feira, 30 de julho de 2007

Transformação

"Você é o mundo. Quando você se transforma, o mundo em que você vive também será transformado." Deepak Chopra

Quando esteve no Brasil, na jornada "biologia do amar", o professor do MIT Humberto Maturana comentou que as espécies ao longo de sua evolução vão se transformando a partir daquilo que conservam.

Não pude deixar de me perguntar "O que eu busco conservar em minha vida? E a partir disto, da conservação destas características, em que vou me transformar?"

E logo em seguida ele lançou uma pergunta semelhante, mas mais ampla? Em que nós, a humanidade nos transformaremos. Em que direção segue nossa evolução, nos tornaremos homo sapiens amans amans ou nos tornaremos homo sapiens arrogans?

domingo, 29 de julho de 2007

A Oração da Gestalt

Eu faço minhas coisas, e você faz as suas. Eu não estou neste mundo para viver as suas expectativas.E você não está neste mundo para viver as minhas.
Você é você, e eu sou eu,
E, se por acaso, nós nos encontrarmos, será ótimo.
Se não, nada se pode fazer.

Frederick Perls

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Os falsos paradoxos que eu cultivo...

Coleciono falsos paradoxos. Uma forma de ver que a vida não precisa ser de polaridades. Confira a minha lista.
  • Não tenho pressa nenhuma, mas não tenho tempo a perder.
  • Quero leveza e profundidade, ao mesmo tempo
  • Quero proximidade suficiente para ter intimidade, e distância suficiente para respirar
  • Quero seriedade e bom humor
Eu quero tudo: sucesso profissional, harmonia familiar e emocional e uma profunda conexão com o divino e com a natureza. E dá pra ter tudo. Não são coisas que se conquista com luta, mas pela serenidade, perseverança, respeito e humildade. Espero que um dia eu aprenda essas coisas.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Retorno à inocência.



Ontem eu morri.

Ontem eu pedi perdão a algumas pessoas que magoei, e atráves delas a todas as pessoas que eu possa ter por intenção ou omissão, magoado ou ferido. E morri.

Dancei com a tristeza, me deixando levar em sua valsa, escutando as verdades que ela sussurrou ao meu ouvido, aprendendo com elas.

Aceitei o beijo da morte e adormeci pesado, mergulhando na noite fria e chuvosa, me desfiz no nada.

Hoje eu nasci.

Hoje eu acordei leve, com o coração descansado, a cabeça leve e a alma curada.

Hoje eu me levanto, calço minhas sandálias e sigo pelo meu caminho novamente. O olhar limpo pelas lágrimas que precisavam ser choradas.

Eu, mesmo sabendo do que sei, vivendo o que vivi, escolho mais uma vez a vida leve, alegre, inspirada na candura das crianças. Eu retorno e me refugio naquilo que tenho de mais precioso. A minha inocência.

Este sou eu, isto me faz feliz.

Canto isto para você, para mim e para o mundo.

Quero agradecer a tantos seres, visíveis e invisíveis que, seguindo uma intuição, ouvindo o meu chamado, me ligaram, me escreveram, oraram e vibraram por mim.

Graças a vocês eu renasci.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

SE O AMANHÃ NÃO VIER.....

Caros amigos,

Vocês me conhecem e sabem que não envio muitas mensagens adiante.

Procuro humildemente uma vida mais coerente, sensível e plena de sentido. Nem sempre com sucesso. Recebi esta mensagem, que supostamente foi colocada no mural de comunicação interna da GOL, um dia após a queda do Boeing, pelo marido de uma das aeromoças mortas. Se foi ou não, não importa muito, porque é uma das mensagens oportunas em um momento de reflexão.

Que possamos viver intensamente, sem precisar de catástrofes, despedidas ou perdas para colocar nossa vida permanentemente em perspectiva e dedicar nosso tempo (e tempo é um sinonimo de vida) ao que realmente importa.

Um abraço a vocês, que tanto admiro.

Gilberto



SE O AMANHÃ NÃO VIER.....


Se eu soubesse que essa seria a última vez que eu veria você dormir
Eu aconchegaria você mais apertado,
E rogaria ao senhor que protegesse você.

Se eu soubesse que essa seria a última vez que veria você sair pela porta,
Eu abraçaria, beijaria você, e chamaria de volta,
Para abraçar e beijar uma vez mais.

Se eu soubesse que essa seria a última vez que ouviria sua voz em oração,
Eu filmaria cada gesto, cada palavra sua,
Para que eu pudesse ver e ouvir de novo, dia após dia.

Se eu soubesse que essa seria a última vez,
Eu gastaria um minuto extra ou dois, para parar e dizer: EU TE AMO
Ao invés de assumir que você já sabe disso.

Se eu soubesse que essa seria a última vez,
Eu estaria ao seu lado, partilhando do seu dia, ao invés de pensar:
"Bem, tenho certeza que outras oportunidades virão, então eu posso deixar passar esse dia."

É claro que haverá um amanhã para se fazer uma revisão,
E nós teríamos uma segunda chance para fazer as coisas de maneira correta.
É claro que haverá outro dia para dizermos um para o outro: "EU TE AMO",

E certamente haverá uma nova chance de dizermos um para o outro:

"Posso te ajudar em alguma coisa?"

Mas no caso de eu estar errado, e hoje ser o último dia que temos,

Eu gostaria de dizer

O QUANTO EU AMO VOCÊ,

E espero que nunca esqueçamos disso.
O dia de amanhã não esta prometido para ninguém, jovem ou velho,
E hoje pode ser sua última chance de segurar bem apertado, a mão da
pessoa que você ama.

Se você está esperando pelo amanhã, porque não fazer hoje?

Porque se o amanhã não vier, você com certeza se arrependerá pelo resto de sua vida,
De não ter gasto aquele tempo extra num sorriso, num abraço, num beijo,
Porque você estava "muito ocupado" para dar para aquela pessoa, aquilo
que acabou sendo o último desejo que ela queria.

Então, abrace seu amado, a sua amada HOJE. Bem apertado.
Sussurre nos seus ouvidos, dizendo o quanto o ama e o quanto o quer junto de você.
Gaste um tempo para dizer:

"Me desculpe"
"Por favor"
"Me perdoe"
"Obrigado"

ou ainda:

"Não foi nada"
"Está tudo bem".

Porque, se o amanhã jamais chegar, você não terá que se arrepender pelo dia de hoje.

Pois o passado não volta, e o futuro talvez não chegue.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Um poema de um amigo

Amor perene

I

Foi meu amor
Frágil, disperso.
Foi meu amor — perdoai.

II

Foi meu amor
Fraterno, então. Mãos
Estendidas para o próximo.

III

Foi meu amor
Viril, depois. Tocha
Ardendo em praça pública.

IV

É sempre o mesmo amor —
Hoje editado. Fruto
Que ofereço a todos.

Francisco Moura Campos


Para conhecer mais o trabalho do meu amigo, o Poeta Francisco Moura Campos
acesse o blog: http://www.osorrisododrama.blogspot.com

Me voy (Julieta Venegas)

Porque no supiste entender a mi corazón
lo que había en el porque no tuviste el valor de ver quien soy
porque no escuchas lo que esta tan cerca de ti
sólo el ruido de afuera y yo
que estoy a un lado desaparezco para ti

No voy a llorar y decir que no merezco esto
porque es probable que lo merezco pero no lo quiero
por eso me voy que lastima pero adios
me despido de ti y me voy
que lastima pero adios me despedio de ti

Porque se que me espera algo mejor
alguien que sepa darme amor
de ese que endulza la sal y hace que salga el sol
yo que pense nunca me iría de ti
que es amor lo bueno de toda la vida
pero hoy entendí que no hay suficiente para los dos

No voy a llorar y decir que no merezco esto
porque es probable que lo merezco pero no lo quiero
por eso me voy que lastima pero adios
me despido de ti y me voy
que lastima pero adios me despedio de ti

Me voy que lastima pero adios
me despido de ti y me voy
que lastima pero adios
me despido de ti me voy
que lastima pero adios
me despido de ti y
me voy
que lastima pero adios
me despido de ti y
me voy

quinta-feira, 12 de julho de 2007

~ O Amor ~

~ Gibran Kahlil Gibran ~

Então, Almitra disse: “Fala-nos do amor.”
E ele ergueu a fronte e olhou para a multidão,
e um silêncio caiu sobre todos, e com uma voz forte, disse:

Quando o amor vos chamar, segui-o,
Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados;
E quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe,
Embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos;
E quando ele vos falar, acreditai nele,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos
Como o vento devasta o jardim.
Pois, da mesma forma que o amor vos coroa,
Assim ele vos crucifica.
E da mesma forma que contribui para vosso crescimento,
Trabalha para vossa queda.
E da mesma forma que alcança vossa altura
E acaricia vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol,
Assim também desce até vossas raízes
E as sacode no seu apego à terra.
Como feixes de trigo, ele vos aperta junto ao seu coração.
Ele vos debulha para expor vossa nudez.
Ele vos peneira para libertar-vos das palhas.
Ele vos mói até a extrema brancura.
Ele vos amassa até que vos torneis maleáveis.
Então, ele vos leva ao fogo sagrado e vos transforma
No pão místico do banquete divino.
Todas essas coisas, o amor operará em vós
Para que conheçais os segredos de vossos corações
E, com esse conhecimento,
Vos convertais no pão místico do banquete divino.
Todavia, se no vosso temor,
Procurardes somente a paz do amor e o gozo do amor,
Então seria melhor para vós que cobrísseis vossa nudez
E abandonásseis a eira do amor,
Para entrar num mundo sem estações,
Onde rireis, mas não todos os vossos risos,
E chorareis, mas não todas as vossas lágrimas.
O amor nada dá senão de si próprio
E nada recebe senão de si próprio.
O amor não possui, nem se deixa possuir.
Porque o amor basta-se a si mesmo.
Quando um de vós ama, que não diga:
“Deus está no meu coração”,
Mas que diga antes:
"Eu estou no coração de Deus”.
E não imagineis que possais dirigir o curso do amor,
Pois o amor, se vos achar dignos,
Determinará ele próprio o vosso curso.
O amor não tem outro desejo
Senão o de atingir a sua plenitude.
Se, contudo, amardes e precisardes ter desejos,
Sejam estes os vossos desejos:
De vos diluirdes no amor e serdes como um riacho
Que canta sua melodia para a noite;
De conhecerdes a dor de sentir ternura demasiada;
De ficardes feridos por vossa própria compreensão do amor
E de sangrardes de boa vontade e com alegria;
De acordardes na aurora com o coração alado
E agradecerdes por um novo dia de amor;
De descansardes ao meio-dia
E meditardes sobre o êxtase do amor;
De voltardes para casa à noite com gratidão;
E de adormecerdes com uma prece no coração para o bem-amado,
E nos lábios uma canção de bem-aventurança.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

OS SEM DIPLOMAS

Artigo publicado no MadiaMundoMarketing, que mostra de uma forma muito clara que o diploma como requisito é um mito.

O maior banco privado do Brasil nasceu sob a inspiração e sensibilidade de um brasileiro que jamais passou do que se chamava na época de “ginásio”. Faculdade, universidade, nem pensar. AMADOR AGUIAR tinha pressa e coisas mais importantes a fazer. E fez, o Banco Brasileiro de Descontos, o BRADESCO.

A agência de propaganda que inovou e converteu-se em benchmark obrigatório para todas as demais que vieram na seqüência é obra da criatividade e inspiração de WASHINGTON OLIVETTO, celebrado recentemente por NIZAN GUANAES, seu discípulo e hoje concorrente, como “o maior publicitário brasileiro de todos os tempos”, em entrevista ao MULTISHOW. WASHINGTON freqüentou uma faculdade de comunicação por uma semana – ANHEMBI, na época, ANHEMBI MORUMBI, hoje – e jurou que nunca mais colocava os pés, ou a bunda, nos bancos escolares. Tinha mais o que fazer.

BILL GATES, semanas atrás, finalmente recebeu seu diploma. Não que reconsiderasse sua decisão e decidisse voltar para os bancos escolares da HARVARD COLLEGE, de onde um dia saiu prometendo nunca mais voltar. É que a HARVARD foi atrás de BILL GATES para conceder-lhe o diploma universitário mesmo não tendo concluído o curso: em reconhecimento a sua obra. Ao entregar seu diploma, o reitor da Universidade de HARVARD, disse, “Reconhecemos que o mais ilustre membro da turma de 1977 do HARVARD COLLEGE nunca se graduou pela universidade”.

Nada contra os diplomas, nada a favor dos diplomas, tudo a favor das pessoas, de seus sonhos, motivação, garra, força de vontade, determinação, talento, sensibilidade, capacidade de realização. Ainda recentemente, DANIEL PINK, autor de muitos livros de sucesso, decidiu conferir o que acontecera com os maiores QIs das principais universidades americanas dos anos 60 e 70. Quantos deram certo e encontravam-se no comando de empresas prósperas e de sucesso. Se você pensou 50%, errou; 40% também errou; 30% também errou; 20% continua errando; 10% idem. Apenas 4% deram certo. E a maioria encontrava-se perdida em pequenos negócios derivativos, e posições subalternas onde trabalhavam sozinhos: inteligência social próxima de zero!

O que conta, sempre, é VOCÊ.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

O outro custo da comida...


Mais um da série "coisas óbvias que a gente um dia descobre"

Essa ficou gravada como "a lição do Giovane":

Em um bate papo em uma cidade do interior da Bahia, no pé da chapada diamantina, Giovane, colega de caminhada, solta essa frase óbvia e brilhante:

Eu antes de comer penso se o prazer que a comida vai me proporcionar vale as calorias que estou ingerindo. Às vezes eu compro trufas caseiras de alunos da faculdade. Alguns são ótimos, outros nem tanto. Os que são "nem tanto" eu jogo fora depois da primeira mordida, mesmo tendo pago o 1 real. É batato comparando com a economia em calorias.
Óbvio e brilhante.

Ir numa churrascaria e comer até passar mal passa a ser, portanto, uma esperteza burra: a gente não sente prazer pela quantidade de comida, mas pela qualidade e pela atenção que prestamos naqueles momentos. Atenção à comida, às pessoas e ao ambiente.

Assim eu consigo entender os restaurantes chiques, onde se paga pouco e se come pouco também: o que é oferecido não é a quantidade de comida, mas a possibilidade de experimentar sabores e combinações especiais.

Fica mais fácil ainda compreender este raciocínio se pensarmos em vinhos. O preço do vinho ruim e baratinho é a dor de cabeça da manhã seguinte, o gosto ruim na boca, o corpo tendo de se recuperar da agressão.

Então, comer até se matar, mesmo se a comida é ruim, porque o preço é unico não é comigo.

Assim como pagar uma fortuna para comer um pouquinho, que eu também não sou besta.