sexta-feira, 28 de março de 2008

Eremita

Eu ando meio eremita estes dias, uma combinação entre querer ficar comigo mesmo e um pico de trabalho.

As coisas estão indo muito bem, muitos pequenos e lucrativos projetos em access e dois projetos grandes que eu ainda não posso comentar.

Me mandem boas vibrações, amigos! Estou me preparando para um salto por aqui.

segunda-feira, 17 de março de 2008

domingo, 16 de março de 2008

Essa tal... liberdade.

Liberdade sempre foi um tema de conversas e reflexões pra mim. Mas por algumas razões o tema veio com força estes dias.

Sempre me movi em direção à liberdade, construindo minha autonomia financeira com a empresa e pessoal a partir das minhas escolhas.

Como consequencia de todo este movimento, alcancei uma primeira liberdade. A possibilidade de ir e vir pra onde quiser, morar só, me libertar do conceito de pecado, do medo do inferno, me relacionar com tribos diferentes.

Posso ficar trabalhando em casa em uma manhã de segunda, encerrar o expediente às duas da tarde ou ir tomar um chocolate quente às três da madrugada. Assistir nu a um filme na sala de casa.

Essa primeira liberdade, de trabalho, de crença, de movimento, emoção e de pensamento é fundamental pra se reconhecer quem a gente é. É dessa liberdade que fala a vida simples deste mês que passou. Liberdade de ir para qualquer direção, de aprender o que quiser. O processo que consiste em descobrir o que nos amarra e cortar estas cordas.

Liberdade... a maior de todas as prisões.

Porque? Se a gente pensar um pouco, é fácil ver que podemos ficar viciados em liberdade, ou amarrados a ela. Cortamos as raizes, nos tornamos seres alados, alheios à terra.

Mas o quanto é real uma liberdade que não nos permite escolher os laços ou compromissos? Se eu não posso escolher fazer um curso à noite para não perder a liberdade, o quanto sou realmente livre? Ter todos os amigos do mundo não seria exatamente não ter nenhum amigo de verdade?

O que me chamou para este raciocínio foi a reportagem "Obama, o conciliador" da revista Piauí. Barack Obama, candidato a candidato a presidente dos EUA vem de uma familia onde o pai e a mãe tiveram movimentos diferentes de deixar as cidadezinhas do interior americando seguindo em direção à liberdade oferecida pelas grandes cidades, indo parar no Hawaii. Os pais de obama se casaram (cada qual teve casamentos anteriores) e se separaram, deixando apenas filhos perplexos.

Obama fez um caminho inverso: voltou para o continente, se estabeleceu na cidade, casou-se com uma mulher de uma familia integrada à comunidade local, tornou-se pastor.

E na reportagem: algumas provocações:

"Quanto todo mundo é da família, ninguém é da familia".

É isso, precisamos nos diferenciar. Soltos na cidade, quem somos nós? Qual é a nossa identidade perdidos no mar de gente? Precisamos construir a nossa rede, escolher os amigos, escolher as raizes e viver as tradições negras.

"O universalismo é uma ilusão. A liberdade, no final das contas, não passa de uma forma de abandono. Você pode começar largando a religião, depois os pais, a sua cidade, o seu povo e o seu modo de vida. Mais tarde, quando você acaba largando a mulher ou o marido e os filhos, isso vem a lhe parecer o resultado de uma progressão natural"

Talvez seja esta a minha jornada do herói, talvez seja essa uma liberdade mais verdadeira: sair pelo mundo, deixar para trás toda a vida que era programada para mim e escolher voluntariamente, conscientemente e com convicção cada pedacinho do caminho que eu quero.

Fui à igreja com meus pais na quinta passada, comemorar uma grande vitória do meu pai-herói. Me emocionei, me fez bem. Dar as mãos por um momento com uma egrégora, com um grupo que nunca reconheci totalmente como meu e que desta vez fez mais sentido. Cantar e bater palmas ao lado da minha irmã, mãe e sobrinha, cantar palavras de alegria e fé com a familia teve um significado além das palavras.

Ai está, entre uma ilusão de liberdade absoluta e cega e um aprisionamento igualmente cego, existe uma liberdade verdadeira, conduzida pela luz da consciência, algo pessoal que cabe a quem quiser vivê-la o esforço para descobrí-la.

Talvez esta seja mais uma das minhas voltas em torno do óbvio, mas colocar estes pensamentos aqui sempre me ajudam a elucidar as minhas questões.

quinta-feira, 6 de março de 2008

A profissão e a experiência... definindo melhor o que eu quero

No começo deste ano eu decidi que aprenderia a fazer edição de filmes.

Ao invés de fazer como um ser normal e pegar algum easy video editor tabajara, já fui de cara descolando um AdobeAfterEffects e não contente com isso, uns pacotes de animações, vinhetas, cursos, efeitos de som e efeitos especiais.

Assinei um site de videos de treinamento e comecei a estudar.

Como é comum nessa vida com tempo limitado, chegou um momento que o trabalho apertou e não deu tempo para seguir no estudo.

Aí o tempo passou e eu pensei (eu sempre penso depois, sou meio lerdo pra essas coisas, rsrsrsrs) "que diabos eu quero com isso?". E foi aí que caiu a ficha:

Eu quero a experiência. Saber e experimentar como é editar uma cena, treinar o olhar e a habilidade para aplicar alguns efeitos especiais. Ou saber como é saltar de paraquedas, voar de asa delta, estar na cabine de pilotagem de um avião. Mas não quero ser um piloto.

A ficha caiu quando vi estes videos, de adolescentes que tiveram tempo e paciencia para criar dois vídeos de lutas Jedi e aquele anterior de stop motion. Fiquei pensando o tempo e dedicação para montar um video desses. Eu não tenho este tempo de desenvolver, muito menos de treinar o suficiente para fazer esta edição.



E mesmo que fizesse algo assim. A proxima pergunta é: E daí? Vou virar um astro do youtube? Trabalhar na TV? Me candidatar ao BBB? Acho que não. Tou a fim só do barato do video, que pode ser algo bem tosco, valendo a experiência em si.

Eu levei alguns anos pra perceber que biodanza pra mim é uma prática de crescimento e não uma profissão. E alguns meses para sacar que não vou mudar de profissão para edição de video ou piloto de fórmula 1 ou arqueólogo, mas que vou seguir procurando experiencias, não porque seja o sentido da vida ou algo tão épico, mas simplesmente (dãã) porque eu gosto.

Em tempo, o video acima levou 9 meses do conceito ao lançamento: uma semana de filmagens em uma fábrica na Georgia e seis meses de edição para colocar os lightsabers, os efeitos da parede. Dorkman (o de óculos) estava desempregado, de modo que pôde colocar muito tempo no projeto.

Eu ADORO animações!

terça-feira, 4 de março de 2008

Anche libero va bene

Filme de arte tem dessas... a gente (minha forma de dizer EU desfarçadamente) nem sempre entende o filme. Acostumado a narrativas quase dissertativas, com começo, meio e fim, eu às vezes me pego procurando uma linha da meada onde não há (bom, pode ser que eu também não perceba a óbvia linha da meada).

Isto foi o que aconteceu ao assistir ontem "Estamos bem mesmo sem você", filme de estréia do diretor Kim Rossi Stuart. O filme é competente em revelar o irracional nas pessoas, do pai super agressivo à mãe que foge de casa para viver outros romances.

O filme mostra estas e outras situações de familia. É fácil me identificar em várias das cenas, rememorando situações que vivi, do bilhetinho para a garota interessante no colégio.

Embora deixe um certo amargo, é um filme conduzido com competência (bem, dentro da minha limitada capacidade de percepção) que vale a pena conferir.

Stop motion

Filmes muito bem feitos. Eu já fiz uma experiência de filmar com stop motion no Anima mundi. O povo deve ter levado nada nada uma semana filmando cada um.

Put it to use:



Tony vs Paul: