domingo, 30 de setembro de 2007

Great big sea

Great Big Sea é uma banda em que esbarrei há uns 5 anos atrás, no tempo que o finado AudioGalaxy ainda existia e era, na época, o melhor que havia em download de musicas.

Enquamto Iona é uma banda de rock progressivo com influencia celta, Great Big Sea é uma banda que mistura rock e folk com musica tradicional irlandesa. Esta banda tem ainda mais instrumentos pouco vistos em grupos de rock, como o bouzouki, o bandolin, acordeão, apitos, flautas, fiddle (o violino usado em musica folk), além de arranjos vocais bem típicos.

Musicas muito animadas com temas divertidos. Peguei alguns exemplos no youtube. Foi dificil escolher porque é tudo muito bom.

O primeiro vídeo é da música Lukey. Veja no fim do video que diabos o velho Luckey está empurrando.



Este segundo chama-se "Run Away". Dá vontade de dançar em frente ao computador.



E este ultimo, Mary-Mac é uma musica "trava-lingua". Cante rápido "Well I'm gonna marry Mari cause Mari's takin' care o' me. We'll all be feelin' marry when I marry Mari-Mac." que é o finalzinho do refrão, que eles cantam bem rápido.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Iona



A primeira vez que ouvi essa banda de rock progressivo, fiquei impressionado. Enia encontra-se com pink floyd (risos). Tem uns sons instrumentais poderosos, uma voz muito boa da vocalista Joanne Hogg, que também responde pelos teclados e violão.

Foi dos presentes que a sessão de pirataria que aconteceu durante o encontro de sexta com meus amigos rendeu. É uma banda de rock progressivo da Inglaterra. Influência cristã forte nas musicas, onde a gente encontra de tudo: sax, tambor, gaita de fole, banjo, violino, apito, flauta, em arranjos criativos e fáceis de ouvir.

E o mp3 que está no meu carro.

Outras duas versões....

Depois das duas versões de heartbeats... duas versões de bohemian rhapsody.

Bohemian Rhapsody pelo queen...



Bohemian Polka... por Weird Al Yankovic

The Knife - Heartbeat

Na mesma coletânea do Ministry of sound, uma versão diferente da mesma musica do Jose Golzalez, toda eletronica e futurista, pelo grupo The Knife. O outro extremo: enquanto o primeiro é suave, esse me remete à adolescência, sons eletrônicos estilo Jean-Michel Jarre ou Tangerine Dream.



E para também dar duas versões. Aqui vai uma versão de estudio, igualmente pirada.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Jose Gonzalez



Ouvi pela primeira vez em uma coletânea Chill out do Ministry of Sound. Depois de um tempo corri atrás e achei o unico CD dele. Todas nesse esquema de violão e voz. Som de primeira para relaxar e viajar.

Aqui embaixo a mesma musica, aparentemente um comercial de TV LCD. Bonito de ver também.



one night to be confused
one night to speed up truth
we had a promise made
four hands and then away

both under influense
we had devine scent
to know what to say
mind is a razorblade

to call for hands of above
to lean on
wouldn't be good enough
for me, no

one night of magic rush
the start a simple touch
one night to push and scream
and then releaf

ten days of perfect tunes
the colors red and blue
we had a promise made
we were in love

to call for hands of above
to lean on
wouldn't be good enough
for me, no

to call for hands of above
to lean on
wouldn't be good enough

and you, you knew the hands of the devil
and you, kept us awake with wolf teeths
sharing different heartbeats
in one night

to call for hands of above
to lean on
wouldn't be good enough
for me, no

to call for hands of above
to lean on
wouldn't be good enough
for me, no

Descobertas musicais

Estas semanas estou em um ritmo de mergulhos musicais.

Tudo começou com um encontro de amigos que aconteceu de forma improvisada. Reencontrei Dario, uma pessoa que já trabalhou na ideológica e que agora dedica-se a dar aulas de informática e tocar (tem uma banda cover do legião - ele tem uma voz parecida com o Renato Russo). E conheci Rafael, uma figura jovem que já vive de musica, com uma abordagem profissional rara entre a média dos artistas.

Ficamos tomando vinho, conversando, ouvindo algumas musicas, comendo a especialidade da casa: pizza (risos). O legal de ouvir boa musica com quem entende do assunto é que dá pra aprender a ouvir a musica como quem aprecia um perfume ou degusta um vinho... "olha, aqui é uma referencia ao primeiro tema, lá na abertura".

Lá pelas tantas o Rafael pega o vilão e começa a tocar algo diferente: musicas de videogame. Que viagem, ouvir por exemplo a musica do sonic no violão. Ele toca violão classico e proporcionou boas risadas e momentos nostálgicos.

Como eu sou meio lento pras coisas, só saquei agora que estou com o ouvido mais sensivel e com o meu impulso natural de buscar novidades musicais. E tenho encontrado verdadeiros tesouros, que vou procurando e colocando aqui pra os meus três leitores curtirem.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Elementar, caro Patrick Watson



Tou musical esta semana... e descobri este cara, Patrick Wilson, um canadense, excelente pianista, compositor e cantor. Um som com arranjos criativos, com mudanças de ritmo que mexem com a gente. O video estava na primeira página do youtube, tem sido visto numa média de 100.000 vezes por dia, nada mal.

Com minhas artes mágicas de pirataria, baixei os dois albuns dele, onde se vê, ou melhor se ouve, uma musica feita com cuidado, onde se percebem sons diferentes ilustrando a musica: dá pra distinguir papel, sons eletronicos, banjo... dá, sei lá uma textura diferente pra musica.

Bem, ouve aí, assiste o clipe que tá dificil explicar (risos). Se curtir, comenta o que achou.

Time - Pink Floyd



As horas passam marcando os momentos
Que se vão, que formam um dia monótono
Você desperdiça e perde as horas
De uma maneira descontrolada
Perambulando num pedaço de terra
Na sua cidade natal
Esperando alguém ou algo
Que venha mostrar-lhe o caminho

Cansado de deitar-se na luz do sol
De ficar em casa observando a chuva
Você é jovem e a vida é longa
Há tempo de viver o hoje
E depois, um dia você descobrirá
Que dez anos ficaram para trás
Ninguém te disse quando correr
Você perdeu o tiro de partida

E você corre e corre para alcançar o sol
Mas ele está indo embora no horizonte
E girando ao redor da Terra para se levantar
Atrás de você outra vez
O sol permanece, relativamente, o mesmo
Mas você está mais velho
Com o fôlego mais curto
E a cada dia mais próximo da morte

Cada ano está ficando mais curto
Nunca você parece ter tempo.
Planos que tampouco deram em nada
Ou em meia página de linhas rabiscadas
Insistindo num desespero quieto
É a maneira inglesa
O tempo se foi, a canção terminou
Pensei que tivesse algo mais a dizer

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

The great scape



Bad day, looking for a way
Oh, looking for the great escape
Gets in his car and drives away
Far from all the things that we are
Puts on a smile and breaths it in and breaths it out
He says bye-bye, bye to all of the noise
Oh he says bye-bye bye to all of the noise

Hey child, things are looking down,
That´s OK you don´t need to win anyways
Don´t be afraid just eat up all the gray
and it will fade away
Don´t let yourself fall down

Bad day, looking for the great escape
He says bad day, looking for the great escape
On a bad day, looking for the great escape
Great escape.

... e uma tentativa de tradução minha:

"Dia ruim, procurando uma forma
Oh, procurando pela grande fuga
Entrar em seu carro e dirigir para longe
Longe de todas as coisas que somos
Sorrir e respirar para dentro e para fora

Ele diz bye-bye, bye para todo oruido.
Oh, ele diz bye-bye, bye para todo o ruido.
Ei garoto, as coisas estão cabisbaixas,
Esta tudo bem, você não precisa vencer toda vez
Não tenha medo, apenas engula todo o cinza,
e ele desaparecera
Não se deixe cair

Dia ruim, a procura de uma grande fuga
Ele diz dia ruim, a procura de uma grande fuga
Em um dia ruim, procurando por uma grande fuga
Grande fuga

Sem maiores explicações... apenas achei o conjunto musica, video e letras algo que vale compartilhar.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Até quando?


Às vezes eu acho que passo uma imagem de certinho ou perfeito neste espaço. Como falei no post anterior, a identidade é soma de muitas coisas e embora eu seja também estas idéias, elas são uma parcela pequena, um pequeno extrato das coisas que eu escolho publicar.

Um assunto que está amadurecendo, mas que ainda não tomou uma forma concreta é uma reflexão política, que deve render alguns posts longos, talvez intrincados. Mas a musica do Gabriel, o pensador, traduz um pouco do meu pensamento, pelo menos um lado do conflito.

"Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente.
A gente muda o mundo na mudança da mente.
E quando a mente muda a gente anda pra frente.
E quando a gente manda ninguém manda na gente.
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura.
Na mudança de postura a gente fica mais seguro.
Na mudança do presente a gente molda o futuro".

Gabriel o Pensador

Identidade Liquida

Acho que este vai ser mais um daqueles posts cabeludos, que sei mais ou menos por onde começa mas não tenho certeza onde vai parar. Às vezes uma idéia ou pensamento me encontra distraído e me agarra pelo braço, dizendo "escreva-me" e só me larga quando eu coloco ela no papel, realizo alguma mudança, comento com alguem ou coloco em prática. São idéias que vêm com uma força de auto realização. Esta me pegou ontem a tarde e me acordou hoje às 4 da manhã.

O ponto de partida são as mudanças de comportamento, de energia, de postura e de pensamento que tenho experimentado estes ultimos meses. Geralmente fico com um pé atrás pra essas mudanças, comento com meus amigos mais próximos, que são mais acolhedores às minhas viagens e impulsos passageiros e que também me dão feedbacks sobre o que vou compartilhando.

O que tenho experimentado é também um aparente paradoxo: estou com mais energia e vigor, que se reflete no emagrecimento e ganho de força. Ao mesmo tempo estou ainda mais sereno. Acho que passei por um periodo de desintoxicação psiquica, que desencadeou uma desintoxicação fisica (o impulso natural de mudar a alimentação). Ou vice-versa, vai saber.

E caminhando tranquilamente em direção à padaria da esquina, tenho um insight. Esse novo nivel de energia é uma influência, uma inspiração da história de paixão que vivi há alguns meses? Uma das (muitas) coisas boas que restaram depois de uma história de vida intensa, morte e renascimento? Provavelmente.

Mas aí dei o passo seguinte, a pergunta que nunca se cala: quem sou eu, afinal de contas? Uma tentativa de resposta eu escrevi em um post anterior. Um bom começo, me apropriar da minha caminhada, reconhecer o meu valor.

Mas dizer "eu sou assim" me congela em uma forma ou um conceito.

Então eu prefiro o "estou assim" como um reconhecimento até fugaz do momento que estou vivento. Me descongelo, passo para um estado liquido.

Eu não sou uma constante. Nenhum de nós é uma constante. Às vezes a gente se apega a um estado bom, se refugia em um momento de conforto ou simplesmente relaxa e se acomoda. E tudo bem, temos mais é que desfrutar do que nos acontece de bom. O convite é de desfrutar com atenção, mantendo a sensibilidade para as mudanças que estão ocorrendo o tempo todo.

Mas voltando ao quem eu sou, à essa ginástica de definir o indefinivel, o que eu quero dizer é que eu sou a soma de uma série de variáveis e fatores (essa é ótima... sou uma equação, hahahahaha). O que quero dizer é que quem eu sou depende de tantas coisas sutis e mutáveis, forças que mudam de intensidade o tempo todo e que assim alteram o comportamento e as atitudes.

Eu frequento várias tribos. Convivo com pessoas de teatro, com executivos, com psicologos, artistas, adolescentes, crianças, idosos, arquitetos, marketeiros, publicitários, advogados, contadores. Nenhuma destas palavras define qualquer uma dessas pessoas, mas dá pistas sobre o seu comportamento, ou melhor ainda, referem-se a um mapa de sensações e conceitos que tenho dentro de mim a partir da percepção, convívio e aprendizado. Tudo é relativo. Bem, em cada grupo eu tenho um comportamento diferente. Parte máscara, desempenho dos papeis sociais, parte porque eu sou um pouco aquela situação. Ou parte dela.

Eu sou o meu corpo. Não "tenho" um corpo, mente ou uma alma. Eu sou. Não tem aqui uma posse ou separação. E meu corpo muda... as células vão se reproduzindo ou morrendo, as conexões neurais vão acontecendo e, hum, desacontecendo.

Eu sou a minha memória, a minha história, o meu aprendizado. Lembro e esqueço, e mesmo o que lembro é variável... experimento a vida através dos meus sentidos. Logo, a realidade é aquilo que eu sinto. E os meus sentidos não são absolutos ou matemáticos... ouço parte, imagino complementos. Vejo de um angulo e coloco cores e brilhos diferentes sobre o que vejo. Quando me lembro, a minha memória passa pelos mesmos filtros e retoques, uma espécie de photoshop mental, onde aquelas pelancas desaparecem, onde as dores são evitadas.

Eu sou também esses filtros. Sou as escolhas que faço, consciente ou inconscientemente.

Eu sou o lugar que eu ocupo. O apartamento onde eu moro, com a bagunça e ordem, com a energia minha colocada ali.

Eu sou um pouco das pessoas que amo e que convivo. Sou um pouco Leia, um pouco Wlad, um pouco Wanda, um pouco Rubens, um pouco Soraya, um pouco Vagner, um pouco Angela, um pouco Sanclair... um pouco, ou muito, de cada um. Cada vez que eu tenho um encontro profundo com alguem, ocorre essa troca, essa comunhão. Um passo adiante, sou Isaac Asimov, Arthur Clarke, Oriah Mountain Dreamer, Rolando Toro... as leituras e idéias que me influenciaram... sou o que aprendi na escola, sou meus professores, livros didáticos e brincadeiras de escola.

Se eu sou as minhas idéias, cada vez que tenho uma nova idéia eu sou um pouco diferente. Cada passo que dou eu mudo um pouquinho. E aqui eu chego na tal autopoiese. Eu crio a mim mesmo.

Se troco idéias, se reconheço que uma idéia faz sentido, passo a ser outra pessoa, variando essa mudança conforme o quanto esse novo pensamento muda a minha forma de ser no mundo. Então, quando me encontro com você, ou mesmo quando você lê este blog com a cabeça e o coração abertos, você corre o sério risco de se tornar um pouco eu.

Momento viagem: pensei em um monte de Gilbertos andando por aí. E de certa forma há.

E mesmo mudando o tempo todo permaneço o mesmo. Mesmo caminhando pelo mundo, onde quer que esteja, se me perguntar onde estou a resposta não muda: estou aqui.

E se a gente reconhecer que a identidade é assim, tão permeável, em que isso muda a nossa forma de ver o mundo? Se eu sou o lugar que ocupo, o que eu sou, com quem estou... em que isto influencia estas escolhas? Caio nas três perguntas chave, o projeto existencial:
  • Onde quero estar?
  • Com quem eu quero estar?
  • O que eu quero fazer?
Cada uma vale um post, uma reflexão. Cada uma destas perguntas deve ser feita novamente o tempo todo.

Não sei se isto tudo satisfez a minha idéia, mas eu me sinto aliviado de colocar no ar esse pensamento, de escrever e compartilhar essa viagem, até para organizar - ou desorganizar - o pensamento. Ver a identidade como algo liquido, perceber o mundo como algo permanentemente em transformação é, hum, muito louco.

E um grande barato.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

E como nada é sagrado... Free Slaps!

Pra ver como sempre tem um pra parodiar as coisas... encontrei uma paródia do free hugs... o free slaps (tapas de graça).

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Desiderata

Desiderata Do Latim 'desideratu': aquilo que se deseja; aspiração - texto encontrado na velha igreja de Saint Paul, Baltimore, datado de 1692.

Vá placidamente entre o barulho e a pressa e lembre-se da paz que pode haver no silêncio.

Tanto quanto possível, sem capitular, esteja de bem com todas as pessoas.

Fale a sua verdade calma e claramente; e escute os outros, mesmo os estúpidos e ignorantes; também eles têm a sua história.

Evite pessoas barulhentas e agressivas. Elas são tormento para o espírito.

Se você se comparar a outros, pode tornar-se vaidoso e amargo; porque sempre haverá pessoas superiores e inferiores a você.

Desfrute suas conquistas assim como seus planos.

Mantenha-se interessado em sua própria carreira, mesmo que humilde; é o que realmente se possui na sorte incerta dos tempos.

Exercite a cautela nos negócios; porque o mundo é cheio de artifícios.

Mas não deixe que isso o torne cego à virtude que existe; muitas pessoas lutam por altos ideais; e por toda parte a vida é cheia de heroísmo.

Seja você mesmo. Principalmente não finja afeição, nem seja cínico sobre o amor; porque em face de toda aridez e desencantamento ele é perene como a grama.

Aceite gentilmente o conselho dos anos, renunciando com benevolência às coisas da juventude.

Cultive a força do espírito para proteger-se num infortúnio inesperado. Mas não se desgaste com temores imaginários. Muitos medos nascem da fadiga e da solidão.

Acima de uma benéfica disciplina, seja bondoso consigo mesmo. Você é filho do universo, não menos que as árvores e as estrelas.

Você tem o direito de estar aqui. E, quer seja claro ou não para você, sem dúvida o universo se desenrola como deveria. Portanto, esteja em paz com Deus, qualquer que seja sua forma de concebê-lo e seja qual for a sua lida e as suas aspirações, na barulhenta confusão da vida, mantenha-se em paz com a sua alma.

Com todos os enganos, penas e sonhos desfeitos, este é ainda um mundo maravilhoso. Esteja atento. Empenhe-se em ser feliz.