Sempre que me vejo perante a decisão do que eu quero conservar em minha vida, eu escolho e respondo: a inocência.
Mas o que é a inocência?
Inocência, em primeiro lugar, está longe de ser um estado de tolice, de estupidez. Inocência, pelo contrário é um estado de atenção amorosa. Atenção, por sua vez eu vejo como como a-tensão, ou seja um estado onde não há tensão ou stress. Inocência é a capacidade de enxergar o novo, mesmo que seja a repetição de uma cena vista muitas vezes. Inocência é não julgar, conseguir olhar aquilo que se poderia chamar de erro como uma legitima tentativa de acerto.
Inocência é o que vejo no olhar e sorriso de minha sobrinha. Que está tanto nos olhos de um boi quanto nos olhos de um leão.
Inocencia é sim o contrário da culpa. Porque um ser inocente não se castiga com a culpa, porque segue sempre o seu coração. Culpa é o que a gente sente quando faz algo que outra pessoa não gostaria que nós fizéssemos. Se a gente segue o coração, não há culpa, não há peso nas costas ou dor no peito, porque ousamos ser fiéis a nós mesmos.
Inocência pode ser entendida como inner-essence. Ou seja, a essência mais interna, mais profunda em cada um de nós. Nossa inocência é um lembrete de quem nós realmente somos.
A partir da minha inocência tenho sido capaz de rezar. Vendo a nossa inocência, nossa divindade inerente, nos vemos capazes de enviar nossa voz, de dedicar um tempo de serenidade todos os dias e nos conectar com quem nos realmente somos, ao motivo verdadeiro de estarmos aqui.
Que a sua caminhada seja leve.
Estamos vivos e livres para amar.
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