quarta-feira, 30 de março de 2011

Anotações do Livro Tibetano do Viver e do Morrer

Resolvi revisar e soltar um post meio sem pé nem cabeça, anotações que eu havia transcrito pra cá em 2009 e esquecido no mergulho que dei no mundo 1.0

São anotações que fiz quando lia o livro tibetano do viver e do morrer. Considere provocações para uma meditação mais profunda.

A sociedade ocidental entende a morte apenas como aniquilação e perda. Em alguns casos há o medo de que meramente falar de morte pudesse atrai-la.

A negação da morte impede uma visão de longo prazo. De acordo com Buda, podemos usar nossas vidas para nos preparar para a morte.

Quantas vezes cada um de nós não colocou as coisas em perspectiva e começou a viver de verdade só quando um amigo faleceu, quando passou perto de um acidente ou terminou uma relação (que não deixa de ser um tipo de morte)?

Depois de um tempo voltamos a nos anestesiar, ou seja, paramos de sentir e experimentar a vida com intensidade, o que de certa forma é deixar de viver.

Muitas tradições apontam: a morte não é o fim. Eu acredito nisto, ainda que não consiga me encaixar direito em qualquer religião. É de se esperar, peça rara que sou.

É certo que vamos morrer. É incerto quando. Meditarmos um pouco acerca da morte, vamos compreender a impermanência: o princípio universal de que tudo muda. Menos apegados sofremos menos.

O medo da impermanência nos acelera. Motiva a acumular bens, a nos ocupar. nos tornamos escravos de tudo isto. Veja os que trabalham até a aposentadoria e não sabem o eu fazer consigo mesmos.

Pegadinhas da identidade: a gente se gruda nos papeis, se confunde com as máscaras. Quando um papel muda, não nos reconhecemos mais.

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